Petróleo se mantém estável e demanda europeia deve aumentar nos próximos dias

Os preços do barril de petróleo foram destaque do mercado financeiro pela quarta semana consecutiva com notícias ruins do setor. No dia 16 de abril deste ano, o preço do barril de petróleo Brent teve um avanço bastante modesto até o fim da sessão, seguido de forma estável pelos contratos futuros WTI no mesmo pregão. Os países europeus informaram no mesmo dia que irão flexibilizar as medidas restritivas decorrentes do coronavírus. Porém, após quedas consecutivas nos preços do petróleo, mesmo após a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) ter anunciado um acordo positivo para o setor, as estimativas da organização diminuíram em relação à demanda da commodity ao redor do mundo.

Os contratos futuros de petróleo do tipo Brent tiveram uma leve alta de 0,13 dólar no pregão do dia 16 de abril deste ano. Essa pequena alta é equivalente a 0,5%, o que significa US$ 27,82 por cada barril negociado. Já o petróleo dos Estados Unidos, encerrou o pregão de forma estável, sendo negociado a US$ 19,87 cada barril do produto. Na véspera desta sessão, o preço do petróleo dos Estados Unidos havia fechado no preço de fevereiro de 2002.

O setor de petróleo está próximo dos níveis de negociação praticados no início dos anos 2000 desde que a pandemia de coronavírus se espalhou pelo mundo. A Opep e países aliados a Opep+, fecharam um acordo no início do mês de abril deste ano para reduzirem a produção de petróleo com base na baixa demanda global no momento. Entretanto, devido ao recente anúncio de que os países da Europa irão começar a flexibilizar as medidas de contenção da pandemia, um aumento pela demanda do produto está sendo aguardado para as próximas semanas.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), todos os países afetados pela pandemia devem tomar bastante cuidado na hora de flexibilizar as medidas restritivas de combate à pandemia. “Uma pequena parte da Europa começa a se abrir para o mercado novamente e isso irá favorecer os contratos do petróleo Brent”, explica o especialista em hedge da Again Capital em Nova York, John Kilduff.

Em um novo relatório publicado pela Opep, a demanda de petróleo global deverá encerrar o ano de 2020 com retração de 6,9% diante das análises mais otimistas divulgadas no documento.