Devastação na Amazônia Legal cresceu quase 70% em fevereiro, diz Imazon   

Foram destruídos, no mês de fevereiro, um total de 303 km² de mata nativa na Amazônia Legal, segundo as notícias divulgadas pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) no último dia 18 de março. As informações são com base nos dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), da entidade, que monitora a Amazônia por imagens de satélites desde 2008. A devastação ocorrida no segundo mês de 2022 equivale ao tamanho da cidade de Fortaleza, comparou o Instituto.

“Essa foi a maior área devastada no mês de fevereiro dos últimos 15 anos. Apenas em relação ao mesmo mês do ano passado, a destruição aumentou quase 70%”, pontuou o Imazon. Também conforme salientou a entidade, fevereiro é o segundo mês consecutivo de crescimento no desmatamento da Amazônia Legal — “em janeiro, a derrubada da floresta foi 33% maior do que no ano passado”.

Segundo o que ponderou a pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, “essa alta é extremamente grave” diante da emergência climática pela qual se passa, visto “que o desmatamento contribui com o aquecimento global, que por sua vez intensifica as mudanças climáticas que ocasionam os eventos extremos”.

“Relatórios assinados por centenas de cientistas de todo o mundo para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU [Organização das Nações Unidas], o IPCC, têm alertado que, caso não consigamos barrar o aumento do aquecimento global, vamos sofrer com maior frequência e intensidade fenômenos extremos como tempestades e secas. No Brasil, já tivemos no ano passado chuvas fortes que provocaram mortes e destruições na Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro”, alertou Amorim.

As informações do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia ainda são de que, dentre os nove estados da Amazônia Legal, o que mais desmatou pelo segundo mês seguido foi Mato Grosso. “Apenas em fevereiro, 96 km² de floresta foram derrubados em solo mato-grossense, o que corresponde a 32% do total. Com isso, Mato Grosso também foi o estado que registrou a maior alta na devastação em relação a fevereiro do ano passado, de 300%”, frisou a entidade.

Confira esses e outros dados e informações sobre o assunto na íntegra da publicação do Imazon.