Maioria dos candidatos a prefeito das capitais do Brasil acumulam patrimônio desde as últimas eleições que participaram

Um levantamento realizado pelo G1, com base nos dados do repositório do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), analisou a situação atual do patrimônio financeiros dos candidatos deste ano a prefeito das capitais brasileiras — o balanço em questão foi feito com aqueles que concorreram a algum cargo público nas eleições de 2016 e 2018.

De acordo com as notícias sobre o assunto, publicadas pelo portal G1 em reportagem do dia 2 de outubro, “ao menos 16 candidatos a prefeito de capitais tiveram ganhos milionários desde os pleitos passados e incrementaram o patrimônio declarado nestas eleições” — em contrapartida, outros dez reduziram o capital em pelo menos R$ 1 milhão desde as eleições passadas.

No grupo de quem somou dinheiro, quem encabeça a lista é o candidato a prefeito de Curitiba, capital do Paraná, Dr. João Guilherme (Novo). “Em 2016, quando disputou o cargo de vice-prefeito, ele havia declarado R$ 3,5 milhões. Agora, os bens somam R$ 13,2 milhões. Ou seja, em quatro anos, o médico aumentou o patrimônio em R$ 9,7 milhões”, pontuou o G1.

A matéria destacou, contudo, que uma nota do candidato a prefeito explicou que essa evolução patrimonial decorre da sua remuneração como médico, bem como de aplicações financeiras, e de bons resultados conseguidos pelo hospital e outras empresas que são de propriedade de João Guilherme. João “declarou a integralidade e verdadeiro valor dos bens, assim como todos os candidatos deveriam fazer”, afirmou a nota do candidato à prefeitura de Curitiba.

Em seguida no ranking de quem acumulou patrimônio, aparece o atual prefeito de Porto Velho, capital de Rondônia, Hildon Chaves (PSDB), que, este ano, tenta a reeleição. De 2016 a 2020, o patrimônio dele passou de R$ 11,3 milhões para R$ 20,3 milhões. A nota do prefeito disse que “a evolução patrimonial se deve aos dividendos oriundos do Grupo Athenas Educacional, que foi vendido em 2020 e amplamente divulgado na imprensa”.

Já na liderança do grupo de quem perdeu dinheiro, está o candidato a prefeito de Goiânia, capital de Goiás, Vanderlan Cardoso (PSD). Segundo o levantamento do G1, a redução de patrimônio, desde 2018, foi de quase R$ 12 milhões. “O patrimônio declarado passou de R$ 26,6 milhões em 2018 (quando foi eleito senador) para R$ 14,7 milhões em 2020”, acentuou o veículo de informação.

A nota do candidato, por sua vez, enfatizou que não há erro na declaração de bens de Cardoso. “A queda de patrimônio se deu em razão de sua esposa, Izaura Cardoso, ter assumido o comando das empresas. Com isso, foram realizadas transferência de cotas das empresas Nova Terra Comércio de Alimentos Ltda e VVC Empreendimentos”, esclareceu a declaração. Confira outros números na reportagem completa do G1